quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O som e a palavra

Your hand on his arm
The hay stack charm around your neck
Strung out and thin
Calling some friend trying to cash some check
He’s acting dumb
That’s what you’ve come to expect
Needle in the hay (...) *

Canção silenciosa, sarjeta dos afetos reprimidos. Marina não queria ouvir a voz de Neto cantarolando música besta. Então, aumentou o volume no miolo do cérebro. Needle in the hay, needle in the hay, needle in the hay. A quentura quase suor umedecia o corpo de leve e irrigava as fantasias. Que assombro, que furor, que impulsos! A vontade estendida no contato prenunciava a má ventura. Não se poderia apostar apenas no momento, o momento é só segundo, nuvem. Depois, a tempestade vem, com todas as suas heresias e tormentas.

(*) Needle in the hay, de Elliott Smith

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