(...)
Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar minhas emoções verdadeiras,
(...)
E assim escrevo, ora bem ora mal
Ora acertando com o que quero dizer, ora errando,
Caindo aqui, levantando-me acolá,
Mas indo sempre em meu caminho como um cego teimoso.
Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa)
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
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